Na hora de construir ou reformar sua casa, é muito importante levar em consideração a temperatura dos ambientes. Ondas de calor, alta nos combustíveis e temperaturas cada vez mais extremas desafiam arquitetos e engenheiros a pensarem em soluções sustentáveis, com menor impacto ambiental e que possam reduzir drasticamente o consumo de energia.

Esse conceito é conhecido como “casas passivas”, em que a própria arquitetura da construção funciona para manter os espaços aquecidos no inverno e frescos no verão. Nessas edificações, a diminuição do consumo de energia pode alcançar até 90%. Assim, a economia de energia se torna uma questão que envolve também o conhecimento técnico, adotando-se uma série de princípios como o bom isolamento e o estudo da orientação solar e do clima da região. O objetivo de todas as construções da arquitetura passiva é o mesmo: manter o consumo de energia no nível mínimo.

Neste projeto das arquitetas Flávia Martins e Sabrina Canto, foram aplicadas estratégias para construir uma casa mais clara, ventilada e com design atual, utilizando-se nosso piso NewSand. 

A arquitetura passiva existe desde a Antiguidade. Diferentes povos ao longo da história tentaram utilizar os recursos disponíveis ao seu redor para se adaptar à geografia e à meteorologia, a fim de construir moradias com um melhor conforto. As casas de barro do Mali – frescas no interior, apesar do sol escaldante do Saara – e os iglus dos povos indígenas em regiões árticas são alguns exemplos de espaços sustentáveis e passivos. Porém, a invenção moderna dos sistemas de ar-condicionado e calefação no século 20 desvinculou grande parte da arquitetura  do clima ao seu entorno.

Com a crise do petróleo dos anos 1970, o conceito de eficiência energética ganhou novamente visibilidade e se transformou em uma prioridade, popularizando-se o conceito de moradia passiva nas faculdades de arquitetura. Diferentes sistemas surgiram nos Estados Unidos, na Itália e na Suíça, prevalecendo o que foi estabelecido pelo alemão Wolfgang Feist e pelo sueco Bo Adamson, na década de 1980.

Princípios do funcionamento logístico da arquitetura passiva. Foto: BBC 

São cinco princípios básicos para quem deseja seguir esse pensamento:

1. As residências devem ter um excelente isolamento térmico. Em climas frios, deve-se usar camadas de isolamento de 20 ou 30 centímetros, que envolvem a casa e evitam a entrada e saída de frio ou de calor.

2. A vedação deve ser feita corretamente, para que o calor não escape pelas ranhuras e gere correntes de ar incômodas. É necessário ter hermeticidade, realizando-se testes de sopro de ar para analisar por onde o ar sai e fazer as devidas correções.

3. As portas e janelas devem ser de alta qualidade, cuidando ao máximo a orientação dos vãos das casas para aproveitar todo o potencial do sol. Janelas de vidro triplo são indicadas para evitar as perdas de calor. 

4. Reduzir as pontes térmicas é essencial. São pontos em que a superfície isolante é rompida, permitindo que o calor escape da construção.

5. Os sistemas de ventilação devem ter a recuperação de calor. Ao abrir as janelas para ventilar, perde-se calor no inverno e frio no verão. Nas casas passivas, instala-se um sistema de ventilação mecânica que filtra o ar e recupera o próprio calor da casa. 

Outra dica valiosa é o uso de cobogós para conseguir ventilação e iluminação naturais. Na Solarium, você encontra essa opção, além de revestimentos sustentáveis para pisos internos e externos e paredes, que podem ser aplicados nas estratégias de arquitetura passiva de diferentes estilos de projetos. 

A linha Cobogó Leno permite a criação de diversas paginações e combina três elementos elegantes, sendo uma ótima alternativa para entrada de luz e ventilação naturais.