A neuroarquitetura está cada vez mais em pauta, convidando as pessoas a refletirem sobre os impactos do ambiente em nossas emoções. Esse campo visa à projeção de espaços eficientes, baseados não apenas em parâmetros técnicos de legislação, ergonomia e conforto ambiental, mas, sobretudo, em índices subjetivos, como as sensações de felicidade e bem-estar.

Pense: quantas vezes você já esteve em um local e se sentiu entusiasmado? Ou, ao contrário, ansioso e desconfortável? Com os avanços da neurociência, fica mais fácil entender como formas, cores e escalas influenciam nas percepções humanas

O médico norte-americano Jonas Salk foi pioneiro ao observar que os espaços influenciavam nas emoções: passou um tempo na Itália e percebeu que toda vez que visitava a Basílica de São Francisco de Assis, ficava mais criativo e inspirado.

Ao retornar da viagem para os Estados Unidos, em 1962, criou o Instituto Salk para pesquisa e contou com o arquiteto Louis Kahn para misturar arte e ciência ao projeto, aliando funcionalidade e estética. Hoje, o edifício se destaca por ser um prédio emblemático.

Ideias de como aplicar

Não existe uma receita pronta de como aplicar a neuroarquitetura, mas há aspectos que podem ser observados na construção do projeto, como:

Acústica: É importante ficar atento aos sons do ambiente. Questione: o barulho da rua interfere na concentração e no sono? Se é um ambiente de trabalho, até que ponto um escritório muito aberto afeta a produtividade? Avalie também a necessidade de contar com estratégias de isolamento acústico

Iluminação: Observe sempre a entrada de luz. O corpo humano sente mais conforto com a luz natural. Quando for necessário aplicar luz artificial, observe a cor e a intensidade da lâmpada para não causar desconforto. 

Um espaço de relaxamento, por exemplo, combina com luzes amarelas para trazer aconchego. O uso de cobogós é uma excelente alternativa para aumentar a captação de luz natural nos espaços.

  • Paisagismo: As áreas verdes estão associadas à conexão com a natureza, elevando a qualidade do ar dentro do ambiente e trazendo sensações positivas, como tranquilidade e bem-estar. O uso de jardins verticais pode ser uma alternativa, como já explicamos neste post.
Linha Classic aplicada em projeto do paisagista Roberto Riscala, com destaque para a vegetação. 

Escolha dos revestimentos: O tipo de revestimento cimentício também influencia nas sensações despertadas. Na Solarium, você encontra opções versáteis para pisos e paredes, tanto internos como externos: a linha Classic, por exemplo, é indicada para áreas molhadas, com material antiderrapante que garante segurança na circulação. 

Já as linhas Pixel, Synapsis e Vector, por sua vez, conferem dinamismo e elegância, construindo ambientes aconchegantes e sofisticados. 

Living aconchegante com linha Synapsis, assinada por Fernanda Marques, em projeto da arquiteta Ana Virginia Furlani. 

Como você viu, as possibilidades são inúmeras, mas o que importa é tentar incluir a neuroarquitetura na hora de criar um projeto. As melhores escolhas irão depender do tipo de espaço, do entorno da construção e das necessidades do cliente.